segunda-feira, 28 de setembro de 2015

47- Eles Não Usam Black-tie

Sempre percebi que o cinema nacional é vítima de muitos preconceitos vindos da própria sociedade brasileira. No entanto, aproveitarei essa publicação para pedir aos leitores que deem uma chance aos nossos filmes, tanto os novos quanto os mais antigos (principalmente).

O filme que venho comentar aqui é de 1981, época em que o Brasil vivia os anos finais da sua ditadura. Peça teatral de 1958, escrita pelo ator Gianfrancesco Guarnieri, adaptada para o cinema, Eles Não Usam Black-tie é um filme que chama atenção por ainda apresentar, mesmo que superficialmente, temas bastante atuais entre os brasileiros (o autoritarismo da polícia militar e a corrupção).

São Paulo, 1981, Otávio (Gianfrancesco Guarnieri), pai de família e marido de Romana (Fernanda Montenegro) trabalha em uma fábrica como operário. Apesar de ser um bom funcionário e saber disso, ele faz de tudo para evitar que sua mão-de-obra e a de seus companheiros não seja explorada pelos patrões, participando então de reuniões em sindicatos e apoiando greves. Já seu filho, Tião, acredita que as lutas dos trabalhadores são sempre sem sucesso, principalmente porque viu seu pai ser preso e as consequências disso. Logo, prefere furar greves e manter seu emprego seguro para se casar com Maria (Bete Mendes), que se engravidou dele, e poder constituir uma família sem enfrentar problemas fincanceiros.

Com as atuações incríveis de Fernanda Montenegro e Gianfrancesco Guarnieri, o filme consegue nos passar tudo aquilo que viviam os trabalhadores e famílias mais pobres brasileiras. Além disso, a história se mostra interessante por não apresentar o lado dos patrões, focando-se apenas na vida dos trabalhadores. Um filme muito bonito, com participações emocionantes, principalmente de Fernanda Montenegro, que na minha humilde opinião consegue transmitir com convicção a imagem de uma dona de casa, pobre e preocupada com a situação de sua família.

Ano: 1981
Roteiro: Leon Rirzman e Gianfrancesco Guarnieri
Direção: Leon Rirzman
Gênero: drama
Atores: Fernanda Montenegro, Gianfrancesco Guarnieri, Milton Gonçalves, Carlos Alberto Riccelli, Bete Mendes.

Texto de Samir Gadia, revisado por Lana Gomides.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Filmes 42, 43 e 44

Depois de algumas semanas de férias eu voltei a atualizar o blog. Você deve estar pensando: "Se ele estava de férias porque não assistiu mais filmes?". Bom, eu não tenho uma resposta certa pra isso, só sei que quando se tem um dia livre de compromissos, você não consegue se concentrar em nada (pelo menos comigo é assim).

Mas agora, depois de alguns dias de completo ócio, vou voltar a ver filmes todos os dias (ou quase)!

42- Amores Brutos (trailer)

Filme indicado pelo Paulo.

Que Alejandro Iñárritu é um bom diretor eu já sabia. Já vi alguns filmes dele como Babel e Birdman, que são dois filmes ótimos. Amores Brutos (Amores Perros) não é diferente, inclusive foi esse filme que fez fama dele.

Seguindo o mesmo modelo de BabelAmores Brutos compõe o primeiro filme da trilogia que tem como sequência 21 Gramas - que já está na lista para eu assistir. O longa foi feito pra chocar o espectador.

Com várias histórias que relacionam, o filme tem vários momentos capazes de nos deixar tensos. Além disso, enquanto você está vendo uma das histórias você fica ansioso esperando o que vai acontecer com as outras.

Assistir a esse filme é uma ótima experiência, recomendo pra todo mundo!

43- O Iluminado (trailer)

O 43º filme foi indicado pela Rayssa, pelo Paulo e por mim também, porque eu sempre tive vontade de ver!

Quando fui assistir a esse filme, logo pensei: "Finalmente vou ver esse clássico!". Não entendo muito de cinema, como eu já disse, mas acho que coloquei expectativas demais pra um filme que, convenhamos, não é lá essas coisas.

Que o filme é tenso, isso é, mas eu esperava mais de um longa tão aclamado por todo mundo. Não nego que a atuação do Jack Nicholson foi ótima, inclusive na famosa cena da porta do banheiro. Ele consegue convencer bastante de que realmente é um psicopata.

O que me desapontou foi a história que me deixou perdido as vezes, principalmente no final. Acho que pra eu entender melhor eu deva ler o livro do Stephen King. [Não posso colocar toda a culpa no filme, porque no dia a minha internet estava muito ruim e o streaming estava péssimo].

Direção de Stanley Kubrick, filme de 1980 com Jack Nicholson e Shelley Duvall.